É difícil imaginar (e digerir a ideia de) um mundo em que os livros são proibidos pelas autoridades, com o objetivo de fazer com que o pensamento crítico seja censurado. Em Fahrenheit 451, do americano Ray Bradbury, embarcamos nesta aventura surreal de Guy Montag, um bombeiro ao contrário que, ao invés de apagar o fogo, é o responsável por queimar as obras.
Lembro que estava em uma discussão na faculdade e este livro tornou-se o foco do bate-papo, pelo forte contexto que ele impõe. Para mim, uma futura jornalista com alma de publicitária, amante da comunicação e das áreas humanas, é basicamente inadmissível aceitar a ideia de viver em um mundo sem livros – ficcionais ou não.
Afinal, ler é um universo particular e peculiar. Oito ou oitenta. Gosta-se ou não se gosta. Nem é mais ou menos importante do que outras atividades, como assistir televisão ou ouvir rádio, por exemplo. E Fahrenheit 451 é um reflexo da interpretação textual sob nossas atitudes, do quão fácil é influenciar as pessoas.
Decidi não descrever a história mais uma vez por motivos de: vale a pena conferir o livro. Mas, quem quiser, pode ler o spoiler disponível na Wikipédia.
“E, pela primeira vez, notei que, atrás de cada um desses livros, está um homem. Um homem que os tinha concebido. Um homem que tinha passado o seu tempo a escrevê-los. E, até agora, nunca essa ideia me tinha aparecido. […] Algumas vezes, é necessária toda uma vida a um homem para por as suas ideias por escrito, olhar o mundo e a vida à sua volta…”
“Se esconder a sua ignorância, ninguém lhe baterá, mas também não aprenderá nada.”